Política e literatura
Algumas das primeiras referências no Brasil aos Cadernos do cárcere de Antonio Gramsci, no começo dos anos 1960, procuraram destacar seu papel como crítico literário. Além dos sempre citados Leandro Konder e Carlos Nelson Coutinho, também Antonio Candido e Otto Maria Carpeaux fazem referências ao marxista sardo ainda nos anos 1960. O AI-5 interrompeu por um breve período essa primeira difusão do pensamento gramsciano. Quando este renasceu, acompanhando a crise da ditadura e o fortalecimento da oposição, os temas da política como seriam de se esperar, ganharam o primeiro plano e eclipsaram os estudos anteriores. A crítica literária de Antonio Gramsci seria assim praticamente esquecida, não fossem as referências ocasionais de Alfredo Bosi e as sucessivas republicações que Carlos Nelson fez dos ensaios reunidos em Cultura e sociedade no Brasil (Belo Horizonte: Oficina de Livros, 1990).
O livro de Daniela Mussi retoma, e ao mesmo tempo desenvolve este rico filão. Este livro reencontra a literatura como um importante objeto do pensamento gramsciano e estabelece de modo acurado a unidade dessa reflexão com a análise histórica e a crítica política. Mas indo além dos estudos precedentes, a investigação de Mussi analisa de modo competente as fontes da crítica literária gramsciana reconstruindo o diálogo crítico que o autor dos Cadernos do cárcere manteve com as obras de Francesco De Sanctis e Benedetto Croce.
O livro de Daniela Mussi retoma, e ao mesmo tempo desenvolve este rico filão. Este livro reencontra a literatura como um importante objeto do pensamento gramsciano e estabelece de modo acurado a unidade dessa reflexão com a análise histórica e a crítica política. Mas indo além dos estudos precedentes, a investigação de Mussi analisa de modo competente as fontes da crítica literária gramsciana reconstruindo o diálogo crítico que o autor dos Cadernos do cárcere manteve com as obras de Francesco De Sanctis e Benedetto Croce.
Características | |
Autor | DANIELA MUSSI |
Biografia | Algumas das primeiras referências no Brasil aos Cadernos do cárcere de Antonio Gramsci, no começo dos anos 1960, procuraram destacar seu papel como crítico literário. Além dos sempre citados Leandro Konder e Carlos Nelson Coutinho, também Antonio Candido e Otto Maria Carpeaux fazem referências ao marxista sardo ainda nos anos 1960. O AI-5 interrompeu por um breve período essa primeira difusão do pensamento gramsciano. Quando este renasceu, acompanhando a crise da ditadura e o fortalecimento da oposição, os temas da política como seriam de se esperar, ganharam o primeiro plano e eclipsaram os estudos anteriores. A crítica literária de Antonio Gramsci seria assim praticamente esquecida, não fossem as referências ocasionais de Alfredo Bosi e as sucessivas republicações que Carlos Nelson fez dos ensaios reunidos em Cultura e sociedade no Brasil (Belo Horizonte: Oficina de Livros, 1990). O livro de Daniela Mussi retoma, e ao mesmo tempo desenvolve este rico filão. Este livro reencontra a literatura como um importante objeto do pensamento gramsciano e estabelece de modo acurado a unidade dessa reflexão com a análise histórica e a crítica política. Mas indo além dos estudos precedentes, a investigação de Mussi analisa de modo competente as fontes da crítica literária gramsciana reconstruindo o diálogo crítico que o autor dos Cadernos do cárcere manteve com as obras de Francesco De Sanctis e Benedetto Croce. |
Comprimento | 21 |
Edição | 1 |
Editora | ALAMEDA |
ISBN | 9788579392382 |
Largura | 14 |
Páginas | 188 |